O que é pintura industrial

O que é pintura industrial?

A pintura industrial é a técnica de proteção anticorrosiva mais utilizada para a proteção de metais na indústria, muito utilizada na preservação e aumento da vida útil de equipamentos, tanques e tubulações industriais.

A pintura industrial é muito utilizada nos setores de metal mecânica e construção civil, e envolve técnicas mais avançadas de aplicação que a pintura convencional, como a pintura eletrostática ou a pintura airless, que serão melhor discutidas ao longo deste artigo.

Geralmente os diferentes tipos de solventes, assim como os diferentes métodos de pintura, exigem um alto padrão técnico de preparo e aplicação, fazendo-se fundamental a execução do trabalho por profissional técnico devidamente qualificado.

Além disso, é de grande importância que sejam realizados ensaios de inspeção de pintura, a fim de testar e garantir que o serviço realizado oferece a proteção anticorrosiva devida ao material pintado.

Vantagens da Pintura Industrial

Dentre algumas vantagens da pintura industrial quando comparada a outros métodos de proteção de materiais, destacam-se:

• Fácil aplicação;
• Atraente relação custo x benefício;
• Fácil manutenção;
• Promove impermeabilização;
• Oferece também a possibilidade de sinalização a partir de variação de cores, de acordo com normas técnicas.
• Melhoria estética;
• A depender da tinta aplicada pode promover outros benefícios como isolamento elétrico, retardante de chamas e até redução
• Impede a aderência de vida marinha em casco de embarcações e boias;

Etapas da Pintura Industrial

O processo de pintura industrial pode ser dividido em duas principais etapas: o pré-tratamento da superfície e a pintura propriamente dita.

Embora sejam etapas distintas, ambas são extremamente importantes para a eficácia da proteção da superfície pintada, e devem ser sincronizadas e planejadas da melhor forma possível, respeitando-se os parâmetros pré-estabelecidos e as atividades de inspeção em cada uma das etapas.

Principais Técnicas de Pintura Industrial

Trincha

A trincha (ou pincel) é o método mais comum de aplicação de tintas em atividades pequenas, como obras de arte.

Na indústria, por ser um dos métodos menos produtivos, a trincha é sobretudo usada na aplicação de pequenas áreas, bordas, cantos e zonas de difícil acesso.

O pincel é muito adequado para a aplicação de primários, pois força a tinta a entrar nos poros e pequenas irregularidades da superfície a ser pintada, principalmente em soldaduras de estruturas metálicas, onde confere uma boa penetração da tinta primária.

Os pelos de um pincel/trincha podem ser sintéticos ou naturais, sendo estes de maior qualidade e com melhor resistência a solventes que aqueles.

Dentre as principais características deste método, destacam-se:

• É barato;
• Não requer muita especialidade;
• Dependendo da tinta, ela pode ser aplicada praticamente sem diluição, proporcionando boa espessura; 
• A perda/desperdício de tinta é mínima; 
• É de produtividade e rendimento baixos;
• Espessura da película não fica uniforme, por mais hábil que seja o pintor.

Rolo

O rolo de pintura consiste num cilindro de baquelite com um felpo colado, o qual pode ser feito a partir de lã natural, mohair ou fibras sintéticas.

A altura das fibras pode variar entre os 5 e os 30 mm, quanto maior for o comprimento das fibras, maior a quantidade de tinta aplicada, porém pior é o aspecto final.                   

Dessa forma, a pintura com rolo é adequada em áreas planas onde a aparência final da peça não é muito exigida.

A pintura por rolo é o método mais utilizado em construção civil, pois para além de fácil aplicação, os rolos de pintura permitem a aplicação de padrões na superfície pintada e também a aplicação da chamada “tinta de areia”.

Esse método é também muito utilizado em situações em que a pintura por pulverização é desaconselhada ou proibida (áreas com ventos fortes, meios urbanos, estruturas metálicas já montadas, etc).

É um método de aplicação que viabiliza a obtenção de elevadas espessuras por demão, além de alcançar maior produtividade do que a trincha.

As perdas de tinta durante a aplicação são, a princípio superiores às da trincha, devido principalmente a respingos.

Entretanto, o fato de se conseguir espessuras mais uniformes do que quando utilizada a trincha tende a equiparar seus pontos positivos.

Os rolos possuem diferentes pegas, que permitem a montagem de varas de diferentes comprimentos, permitindo assim a pintura a diferentes alturas, sendo particularmente aplicável à pintura de grandes áreas planas ou com grande raio de curvatura.

No entanto a penetração e molhagem de superfícies difíceis é melhor conseguida com trincha. Por esse motivo, a aplicação de primários com rolo é fortemente desaconselhada.

Dentre as principais características da aplicação de tinta por rolo, destacam-se:

• Boa produtividade;
• Espessura da película mais uniforme;
• Pequena perda de tinta (respingos);
• Necessidade de pouca diluição.

Pintura por Projeção

O método de pintura por projeção parte do princípio de que a tinta líquida é transformada em aerossol e projetada sobre a superfície a ser pintada. Existem 3 principais métodos de pintura por projeção.

São eles: projeção convencional; projeção airless; e pintura eletrostática (neste caso também pode se utilizar a tinta em pó).

Os métodos de aplicação de tinta por projeção são os métodos mais utilizados industrialmente, principalmente em linhas de produção, à sua qualidade de acabamento e capacidade de produção em escala.

A projeção convencional é realizada a partir de uma pistola a ar. Neste método, a tinta armazenada em um recipiente é expulsa em direção ao bico da pistola até a superfície a ser pintada pela ação da pressão do ar comprimido.

De modo geral, a pressão de atomização numa pistola convencional situa-se entre 0,1 e 0,7 MPa (1 e 7 bar).

Este tipo de método de pintura obriga a que a instalação de ar comprimido seja equipada com elementos de purificação de ar como secadores de ar e separadores de óleo.

A pintura por este método requer que a tinta seja diluída, para adequar sua viscosidade, de forma que ela possa fluir do recipiente até a pistola pela ação da pressão do ar.

Como consequência dessa excessiva diluição, o método tem algumas desvantagens. Dentre elas, há uma relevante redução da espessura da película úmida, devido à evaporação do solvente.

A segunda desvantagem diz respeito às falhas observadas pela película seca, devido à evaporação do solvente, que podem dar lugar a poros, crateras ou bolha

Além disso, existem perdas de tinta durante a aplicação maiores se comparado com a pistola airless.

Entretanto, é um método de aplicação de tinta muito utilizado em pintura industrial, não só na pintura de campo como na de oficina.

Além de ser um método de aplicação de tinta que apresenta grande produtividade, tem como característica a obtenção de espessura de película quase que constante ao longo de toda a superfície pintada, o que não é, em termos práticos, possível com os métodos da trincha e de rolo.

Dessa forma, são características da pintura por pistola convencional:

• Grande produtividade;
• Boa uniformidade da espessura da película;
• Elevada diluição, com solventes, para possibilitar o escoamento da   tinta pelas  mangueiras;
• Ocorrência de falhas como poros, crateras e bolhas;
• Perda excessiva de tinta.

 

Na projeção airless, como o nome indica, não há qualquer contato entre a tinta e o ar comprimido.

Este, porém tem a missão de acionar uma bomba hidráulica que vai pressurizar a tinta e alimentá-la à pistola de pintura e fazê-la passar através do bico de pintura.

Quando a tinta passa pelo bico, onde a tinta é pulverizada por micro orifícios e sofre uma abrupta queda de pressão, fazendo com que a tinta seja atomizada em partículas muito finas.

A velocidade do spray é tão elevada que a tinta chega facilmente à superfície a pintar.

A pressão de acionamento pode atingir a ordem de até 30 MPa (cerca de 300 kg/cm²) e permite que sejam aplicadas, com este método, tintas com elevadas quantidades de sólidos por volume (tintas sem solventes), sem a necessidade de diluição e em espessuras elevadas.

A não-diluição com solvente, além de permitir a aplicação de tintas com elevadas espessuras por demão, minimiza, de forma significativa, as falhas das películas de tintas aplicadas pelo método da pistola convencional, como os poros, crateras e bolhas

Além de ser um método que permite a aplicação de películas de tintas com propriedades uniformes, em termos de espessura e baixa incidência de falhas, é de elevada produtividade e tem perdas de tinta na aplicação bastante reduzidas, da ordem de 20%.

Algumas características deste método são:

• Diminuição de falhas como poros, crateras e bolhas;
• Películas uniformes;
• Elevada produtividade;
• Redução de perda de tinta.

Pintura Eletrostática

Basicamente, a pintura eletrostática consiste em um processo diferenciado para a fixação de tintas, já que é realizado por meio de cargas elétricas.

O método de Projeção Eletrostática se baseia em carregar eletrostaticamente a tinta ou o verniz com uma voltagem eletrônica criada por um gerador de alta-voltagem.

Esse material carregado é, então, projetado sobre a superfície a pintar (que se encontra ligada à terra), fazendo com que as partículas de tinta (carregadas positivamente) sejam atraídas pela diferença de potencial até a superfície a ser pintada.

Este tipo de sistema pode ter por base um sistema de projeção convencional ou airless.

Devido ao efeito da gaiola de Faraday, que se manifesta com a repulsão das partículas de tinta em zonas muito próximas uma da outra – como no caso dos cantos interiores de uma peça – um sistema de pintura eletrostática tem de ter sempre uma pistola não eletrostática para colmatar estas deficiências.

O sistema eletroestático é particularmente adequado para instalações automáticas robotizadas onde são pintadas peças de produção em massa e componentes com uma geometria complicada.

Devido à atração da tinta à superfície, o montante de perda de tinta é muito reduzido quando comparado com os outros métodos de pintura por projeção.

Para a pintura eletrostática, há diferentes materiais que se pode utilizar como: epóxi, poliéster e híbridos.

O epóxi é um dos mais comuns, principalmente por sua resistência a corrosão. Já o poliéster, apresenta boa aderência e costumeiramente é aplicado em locais externos. Finalmente, os componentes híbridos consistem em uma combinação de ambos os materiais, em proporções bem definidas para que se atinja os resultados requeridos.

Algumas características deste método são:

• Películas uniformes;
• Elevada produtividade;
• Baixo índice de perda de tinta;
• Menor mobilidade;
• Necessário maior infraestrutura;
• Necessário maior espaço físico;

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Toda equipe é especializada por meio de um rigoroso processo de treinamento e capacitação para desenvolver os projetos desde sua elaboração até a instalação ser finalizada.

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