O QUE É UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES?
São chamados de Efluentes os produtos líquidos ou gasosos resultantes de atividades humanas. Os efluentes líquidos, principalmente, são classificados em dois tipos: efluentes industriais e efluentes domésticos.
Os efluentes líquidos podem possuir diversas origens, já que se tratam nada mais nada menos de água misturada com algum agente poluente, como matéria orgânica, compostos químicos e outros resíduos. Essa água, porque está contaminada, necessita de tratamento, com o intuito de se evitar a poluição de corpos hídricos como rios e oceanos.
Vale ressaltar que a liberação de efluentes industriais é regulamentada pela Resolução N° 430 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e esta é a norma que direciona o descarte de efluentes e estabelece os padrões para a carga poluidora que devem ser atendidos por toda empresa.
Para isso, faz-se necessária a operação de Estações de Tratamento de Efluentes, mais conhecidas através da sigla ETE. As ETEs são unidades operacionais do sistema de utilidades industrial e urbano que recebem as cargas poluentes do esgoto e efluentes e o devolvem aos corpos d’água atendendo aos parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental vigente.
Dessa forma, reduz-se os impactos ambientais causados pela atividade industrial e urbana. Para o caso de empresas, mais especificamente, evita-se que estas sejam punidas legalmente pela destinação incorreta de seus efluentes gerados.
COMO FUNCIONA UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES?
O princípio por trás do processo de tratamento de uma ETE consiste na remoção das impurezas presentes no efluente líquido gerado pela atividade industrial.
Em geral, essa remoção é realizada em dois grandes processos: o tratamento físico-químico e o tratamento biológico.
O primeiro remove os contaminantes por meio de reações químicas que separam os sólidos do líquido. Já o segundo utiliza bactérias e microrganismos que consomem a matéria orgânica poluente através do processo respiratório, em reações biológicas.
As ETEs convencionais aplicam cinco etapas ao efluentes coletados: pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário, tratamento do lodo e tratamento terciário.
A seguir, descrevemos um pouco mais cada uma dessas etapas.
PRINCIPAIS ETAPAS DE UMA ETE
1. PRÉ TRATAMENTO
O pré tratamento consiste em submeter os efluentes gerados a um processo mecânico de separação de sólidos. Em geral, são utilizados dois processos nesta etapa: o gradeamento e a desarenação.
O primeiro é realizado por grades metálicas que funcionam como uma barreira para os sólidos, retendo portanto os sólidos de maiores dimensões. Esse processo garante maior segurança aos equipamentos das estações, já que devido ao tamanho dos resíduos, pode-se danificar os dispositivos ao longo da unidade de tratamento ou entupir as tubulações.
Já a desarenação tem a função de remover os flocos de areia através da sedimentação. Nessa etapa, os grãos de areia decantam e direcionam-se para o fundo do tanque por serem mais densos, enquanto as matérias orgânicas vão para a superfície.
Esse processo serve para facilitar o transporte e também para conservar os equipamentos de possíveis choques abrasivos.
2. TRATAMENTO PRIMÁRIO
O tratamento primário constitui-se de processos físico-químicos com o objetivo de remover os sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes e matéria orgânica.
Esses processos constituem diversas etapas.
Primeiro, são inseridos produtos químicos nos efluentes para neutralização da carga iônica do efluente.
Em seguida, ocorre a floculação do efluente, ou seja, o agrupamento das partículas poluentes em pequenos flocos, mais facilmente separáveis.
Após a floculação, tem-se a decantação primária que separa o sólido concentrado (lodo) e o líquido (efluente bruto). Os efluentes passam por decantadores que fazem o lodo ficar no fundo do tanque.
Essa etapa do tratamento é importante porque inicia a alteração das propriedades poluidoras dos efluentes.
3. TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Essa etapa é constituída por reações bioquímicas em microorganismos que podem ser aeróbicos ou anaeróbicos.
Esse processo objetiva remover a matéria orgânica que não foi removida no tratamento anterior. Se bem feito, o tratamento permite obter um efluente em conformidade com a legislação ambiental.
Os processos aeróbicos e anaeróbicos trabalham na decomposição da matéria orgânica suspensa e a dissolvida na água, resultando em sua transformação em gás carbônico, material celular e água.
O efluente ao final desse processo pode ter até 95% dos seus poluentes originais removidos.
Em seguida, há uma decantação secundária que clarifica a água e separa o lodo restante do processo.
4. TRATAMENTO DO LODO
O lodo consiste no material sólido concentrando toda a matéria orgânica removida ao longo do tratamento do efluente.
Portanto, sua quantidade e natureza dependem das características do efluente inicial e do processo de tratamento escolhido, mas em geral possui alto teor de umidade, muitas vezes acima de 90%.
Assim, o tratamento do lodo tem a finalidade de reduzir o volume (com a eliminação de água) e o aumentar teor de matéria orgânica.
Primeiramente realiza-se o adensamento. Esse processo tem a finalidade de diminuir a quantidade de água presente no lodo, diminuindo portanto, seu volume.
A segunda etapa consiste na digestão anaeróbica para reduzir os microrganismos patogênicos, reduzir o volume e permitir a utilização do lodo, como por exemplo, em atividades agrícolas.
A terceira etapa submete o lodo a processos químicos e desidratação, permitindo a coagulação dos sólidos e remoção da umidade.
O produto final é rico em matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e nutriente, possibilitando seu uso na agricultura ou em reflorestamento.
Entretanto, é possível (e muito comum) descartar o lodo em aterros sanitários, junto com o lixo urbano, ou reaproveitá-lo em incineradores.
5. TRATAMENTO TERCIÁRIO
Entretanto, é possível (e muito comum) descartar o lodo em aterros sanitários, junto com o lixo urbano, ou reaproveitá-lo em incineradores.
Após o tratamento secundário, a água já pode retornar aos recursos hídricos.
Entretanto, é possível melhorar a qualidade do efluente final para que este possa ser reutilizado em atividades em que não é exigida a potabilidade da água.
O tratamento terciário trata-se, portanto, de um refinamento na qualidade da água para reaproveitamento, uma iniciativa importantíssima para a redução da escassez da água, redução de custo, e contribui para um processo industrial mais sustentável.
Assim, o tratamento terciário serve para remover impurezas mais finas que exigem maior grau de tratamento (como compostos não biodegradáveis, nutrientes e metais pesados) no efluente através de técnicas de filtração, ozonização, cloração, osmose reversa, dentre muitas outras.
Assim, essa operação pode consistir em diversas etapas que dependem do tipo de poluição do efluente e do grau de depuração que se deseja obter.
MONTAGEM DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Para que cada uma das etapas de uma Estação de Tratamento de Efluentes seja possível, o sistema conta com uma rede de tubulações para o transporte de efluente e água tratada, assim como uma série de equipamentos responsáveis por operar as principais etapas mencionadas anteriormente.
Assim, para que a ETE funcione corretamente, é de grande importância que o projeto da Estação esteja adequado à realidade do efluente gerado pelo empreendimento, e também que a montagem da estação seja realizada conforme a especificação, com a correta instalação de equipamentos e sistema de tubulações.
A partir da correta montagem dos equipamentos, pode-se garantir a perfeita operação do sistema e o atendimento às normas ambientais reguladoras da emissão de efluentes nos corpos hídricos.
EMPRESA ESPECIALIZADA EM MONTAGEM DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
A ISEN realiza montagem de sistemas de utilidades e equipamentos industriais, inclusive Estações de Tratamento de Efluente, em todo o Brasil e conta com profissionais com mais de 20 anos de experiência.
Atuamos de maneira efetiva em todas as etapas de instalação e montagem de uma indústria, com colaboradores treinados para a execução dos serviços.
Em sua maior parte, contribuímos com atividades no setor industrial, como montagem, instalação, adequação, remoção e instalação de equipamentos e máquinas e sistemas de tubulações.
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